No Instagram, Matheus expressou o que qualquer torcedor quer ouvir: reconhecimento pela história do clube, respeito pelos jogadores e um carinho especial pela torcida. “Com muito orgulho e gratidão, me despeço de um dos maiores clubes do Brasil e do mundo. Foi um prazer enorme fazer parte dessa história tão rica”, declarou. E não é exagero – afinal, estar no Flamengo é estar no olho do furacão, onde a pressão nunca diminui, especialmente depois de um ano com altos e baixos.

A demissão de Tite veio após um período de instabilidade, com resultados inconsistentes que minaram a confiança no trabalho da comissão. Não que o técnico não tivesse pedigree; com uma vasta experiência e currículo vencedor, ele parecia ser o nome certo para colocar o Flamengo de volta nos trilhos. Mas as coisas não fluíram como esperado. A queda nas competições pesou, e mesmo com a conquista do Campeonato Carioca, as expectativas não foram plenamente atendidas.

Uma Caminhada Curta, Mas Intensa

Durante quase um ano no clube, Tite e sua comissão técnica, incluindo Matheus, Cléber Xavier e César Sampaio, acumularam um retrospecto de 41 vitórias, 13 empates e 16 derrotas em 71 partidas. Para os padrões rubro-negros, é pouco. A pressão por resultados imediatos é constante, e Tite sabia que estava pisando em um terreno minado. Quando os resultados começaram a vacilar, a demissão tornou-se questão de tempo, com a eliminação precoce em competições sendo a gota d’água.

Apesar disso, Matheus fez questão de reconhecer a garra do elenco e a dedicação dos profissionais que trabalharam com ele. As palavras de gratidão também foram estendidas à “Nação”, essa torcida que não deixa de apoiar, mas que cobra na mesma intensidade. No Flamengo, não basta apenas suar a camisa; é preciso vencer, e vencer bonito.

O Peso de Estar no Flamengo

A passagem de Tite trouxe à tona uma velha questão: será que o problema no Flamengo é só técnico? Zico, ídolo do clube, comentou que o ambiente não estava bom, sugerindo que há questões mais profundas a serem resolvidas além do banco de reservas. O Flamengo é um clube de extremos, onde a glória e a crise andam de mãos dadas. Se os resultados não aparecem, o treinador é o primeiro a pagar o preço. Isso não é novidade para ninguém, mas a saída de Tite levantou algumas reflexões sobre o rumo que o clube precisa tomar para voltar a ser dominante.

A escolha de Filipe Luís para assumir como técnico interino é mais um capítulo dessa história. Um jogador com identificação forte com o Flamengo, Filipe conhece bem a cultura do clube e o peso da camisa. Ele já chega sabendo que, no Flamengo, a paciência é curta, e o tempo para ajustar a casa é quase inexistente. A transição pode ser um momento decisivo para o Flamengo reavaliar sua abordagem e talvez apostar em uma filosofia de futebol mais duradoura.

O Futuro de Tite e Matheus

Agora, a grande questão é o que vem depois para Tite, Matheus e o restante da comissão. Reuniões já estão sendo agendadas para definir os próximos passos, e especula-se que Tite possa retornar ao cenário internacional, onde seu nome ainda carrega grande respeito. Matheus, que acompanhou o pai de perto, seguirá a mesma trilha, mas com uma bagagem enriquecida pela experiência no Flamengo.

O que fica, no fim das contas, é a certeza de que, mesmo em uma passagem curta, o Flamengo sempre deixa marcas profundas – seja na vida de quem passa por ele ou no coração da torcida. O clube é assim, imprevisível, emocionante, e por vezes caótico. É por isso que, quando alguém se despede do Flamengo, o faz com o mesmo peso no coração de quem deixa para trás um amor intenso. Foi o que Matheus Bachi demonstrou em suas palavras.

Fonte: Getty Images

A recente saída de Tite do Flamengo pegou muitos de surpresa, e Matheus Bachi, filho e auxiliar técnico do treinador, foi o primeiro a quebrar o silêncio sobre o assunto. Ele não precisou de muita retórica para tocar na ferida: orgulho e gratidão foram as palavras escolhidas em sua mensagem. Era como se dissesse “valeu pela oportunidade, mas já sabíamos que não seria fácil”. E, convenhamos, a Nação Rubro-Negra sabe muito bem que no Flamengo, técnico não tem muito tempo para “preparação”; tem que entregar resultado.